Um Filme Perigoso

Por Camilo Soares - Diretor de Pesquisa e Cultura

Na próxima quarta-feira, dia 07 de Junho, o filme “O Jardim das Aflições” será exibido em sessão única no Cinemark do Midway Mall, às 20h30. Desde que começou a ser produzido (com financiamento 100% voluntário e privado, sem 1 centavo de dinheiro público e de leis de incentivo), o filme tem sido alvo de uma ferrenha campanha de boicote e censura por parte da beautiful people esquerdista. Seu crime? Retratar um pouco da vida e pensamento do filósofo e escritor campinense Olavo de Carvalho, um dos mais influentes pensadores brasileiros da atualidade. Famoso por sua crítica demolidora à classe intelectual brasileira, hegemonicamente de esquerda, o pensador tornou-se anátema entre esses círculos chamados “bem-pensantes”, em especial na grande mídia, nas universidades, e também no meio artístico.
E foi deste último gueto que partiu a mais violenta ofensiva contra o documentário. Após ser selecionado por um único festival de cinema, o “Cine PE – Festival do Audiovisual”, essa classe que se autoproclama tão democrática e pluralista não suportou um mínimo de contraditório e de pluralidade fora do seu próprio espectro político, e movimentou um boicote ao festival, que resultou no seu adiamento em mais de um mês (o novo início já foi anunciado para o próximo dia 27).
Apesar de todo o boicote e tentativa de cerceamento à liberdade de expressão, e mesmo sem nenhum tipo de financiamento estatal ou apoio de distribuidoras, o filme vem conseguindo atrair um público considerável, interessados em conhecer mais essa tão monstruosa figura capaz de amedrontar os valentes marmanjos do cinema nacional.

E vocês, que acompanham nossa página, também estão convidados a apreciar esta obra que nossa cidade de Natal – uma das poucas capitais do nordeste a ter esse privilégio – receberá na semana que vem. Vamos mostrar que a liberdade de pensamento e de discussão jamais serão tolhidos pela pressão e a violência de grupos de mentalidade totalitária.

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Em Resgate do Teatro Grego


Por Camilo Soares - Diretor de Pesquisa e Cultura do GAM.

O Teatro Grego da Época Clássica é um dos maiores tesouros da cultura ocidental de todos os tempos. Seus enredos, mitos e personagens ajudaram a moldar as artes, a ficção e, principalmente, a própria maneira como enxergamos a realidade e compreendemos o ser humano.

Tendo em vista resgatar e se aprofundar em tal patrimônio, o Grupo de Estudos André de Albuquerque Maranhão iniciou no segundo semestre de 2016 o trabalho de leitura e discussão das peças de teatro da Grécia Antiga. A princípio um encontro modesto limitado a umas poucas tragédias tiradas do Ciclo Tebano, o projeto cresceu e acabou por fim abrangendo toda a obra teatral da Grécia Clássica que sobreviveu até nossos dias.

Por isso, a exemplo do Ciclo Tebano que acabamos de concluir, achou-se adequado separar as demais obras em agrupamentos temáticos mais ou menos coesos, sobretudo no que diz respeito ao local e tempo (mitológicos) em que se passam, bem como aos personagens em comum e eventos que ligam essas diversas peças. Assim, por exemplo, dentro da “Cronologia Mitológica” na qual as tragédias se inserem, achou-se adequado que estas fossem ordenadas, tanto quanto possível, partindo desde os eventos mais “remotos” até os mais “recentes”. Daí iniciarmos a série com o “Prometeu Acorrentado”, de Ésquilo, que trata da criação e dos primórdios da Humanidade, e irmos até “Os Persas”, do mesmo autor, única tragédia que chegou até nós que trata de eventos e personagens de existência histórica comprovada: As Guerras Greco-Persas lideradas pelos reis Dario e Xerxes.  Além disso, procurou-se intercalar os “ciclos” trágicos com peças cômicas, das quais nos restaram apenas doze, todas de Aristófanes, com exceção de uma, a peça “O Cíclope”, de Eurípides, única obra satírica escrita por um autor trágico a ter sido preservada. Tais obras, por sua maior autonomia narrativa e temática, não seguem nenhuma ordenação além daquela indicada por sua provável data de composição. A exceção mais uma vez é “O Cíclope”, cuja posição foi escolhida em virtude de sua afinidade temática com o ciclo relativo à Guerra de Tróia, que o precede.


Apesar de ambicioso, acreditamos que este empreendimento é de vital importância para o enriquecimento da compreensão sobre nossa cultura, história e origens, fornecendo-nos uma luz que ilumina nosso presente, e uma base sólida que nos dá firmeza ante as inconstâncias dos tempos.

GAM FOTOS: MEMÓRIA E TRADIÇÃO

Registro fotográfico do simpósio "Memória e Tradição", realizado pelo GAM em parceria com o Ludovicus - Instituto Câmara Cascudo e com o Instituto Tavares de Lyra entre os dias 31 de março e 1 de abril.





































MISSA EM MEMÓRIA DE ANDRÉ DE ALBUQUERQUE MARANHÃO

No dia 29 de março de 2017 foi celebrada Missa em memória do herói e mártir André de Albuquerque Maranhão, de sua mãe D. Antônia Maria do Espírito Santo Ribeiro, de sua irmã Luzia Antônia de A. Maranhão e de seu primo e cunhado José Inácio de A. Maranhão. 

Após a celebração, presidida pelo Arcebispo de Natal Dom Jaime Vieira Rocha, foi entoado o Te Deum, executado pelos seminaristas de São Pedro, deposição de uma coroa de flores no túmulo de André de Albuquerque Maranhão e discurso do Sr. Paulo Fernando de Albuquerque Maranhão, descente da família do homenageado e patrono do GAM.

O ato religioso teve participação da Irmandade do Santíssimo Sacramento, com organização da Santa Missa pelo sacristão Flávio Guedes Ramos da Silva e Fagner da Silva Marques.

Estavam presentes representantes do GAM, do Instituto Tavares de Lyra e do Ludovicus - Instituto Câmara Cascudo.